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segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Confissões de uma Jovem

 Olá, gostaria de usar este espaço, que é tão conhecido por sua seriedade, para contar sobre minha experiência pessoal.

Me chamo Luana e para entender um pouco sobre minha vida, eu tenho que explicar que sou totalmente contra o tabagismo, o cigarro… Perdi meu pai para o cigarro! Ele falou que iria comprar um cigarro na padaria e nunca mais voltou.

Talvez por isso, pela falta de ter uma figura paterna na minha vida (éramos apenas eu, minha mãe e minhas duas irmãs caçulas) que eu passei a gostar dos filmes Karatê Kid.

Eu adorava ver Daniel San pintando a cerca, indo com a mão para cima e para baixo. Uma vez estava passando em frente a uma lanternagem de carro, vi um homem encerando o carro, e aqueles movimentos de passar a cera, me fizeram lembrar de Daniel San e comecei a sentir um calor em meu corpo (hoje em dia eu entendo que tive meu primeiro orgasmo na rua, com aquela cena).

Pois bem, agora que vocês sabem um pouco de mim, gostaria de alertar para o risco de que esses traumas podem causar na gente.

Quando tinha 12 anos eu dei meu primeiro beijo. Estava em um show do Luan Santana e vi um rapaz, que usava um quimono, não perdi tempo em querer saber o nome dele, mas tive que puxar ele pelo quimono e tascar um beijo.

Nossa… que beijo! Lembro que tocava Meteoro da Paixão ao fundo. Eu pude usar toda minha técnica que aprendi nas revistas adolescentes, e sou obrigada a falar: não tem nada a ver com pegar o gelo com a língua no copo.

Então, quando eu estava com 13 anos, finalmente descobri o nome do garoto de quimono, seu nome era João.

João conversou comigo e pediu para ficarmos de novo. Não sei como ele sabia, mas ele passava a mão nas minhas costas para cima e para baixo, como Daniel San na cerca, o que me fez apaixonar.

Depois disso, me tornei obcecada por João! Mesmo ele namorando, eu queria aquelas mãos com movimentos para cima e para baixo nas minhas costas, que me faziam lembrar o filme do Karatê Kid.

Quando meu padrinho descobriu que estávamos ficando, ficou horrorizado, pois ele dizia que João não era menino para namorar, porque era lutador.

Mas fazer o que se eu amava um lutador de Judô? 

Um dia, por volta de meus 16 anos, meu padrinho tentou atropelar ele com o carro, mas como João era muito bom no Judô, ele pulou e rolou para fora da direção do carro.

Depois disso, passamos a nos encontrar escondidos. Um desses encontros foi em uma laje. 

João, além da sua técnica de passar a mão para cima e para baixo em minhas costas, como a pintura da cerca de Karatê Kid, João foi além e começou a girar as mãos pelas minhas costas, e me fez lembrar de quando era criança e vi aquele carro sendo encerado… Ai, Daniel San…

Aquele movimento de encerar minhas costas começou a embolar minha blusa e quando dei por mim… minha blusa estava no chão, assim como meu short…  Foi assim que, com 16 anos, perdi minha virgindade, em uma laje, com um lutador de Judô! 

Com o tempo, comecei a ter mais consciência de que eu estava sentindo a falta de uma figura paterna, e por isso que eu acabei dando em cima da laje!

Acabamos! 

Ocorre que eu não tinha combinado com o destino! O destino fez com que namorássemos quando eu tinha uns 18 anos e até hoje estamos juntos!

Hoje me encontro com 22 anos e estou grávida de João. Só espero que Legião Urbana esteja certa e que o João seja de Santo Cristo…

E tudo isso por causa do cigarro!

Então gostaria que minha história fosse divulgada nesse espaço tão conhecido e com credibilidade, para explicar os males do cigarro.

Obrigada.

Luana